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sábado, 5 de setembro de 2015

QUESTÕES: SÓCRATES E PLATÃO

01. Sócrates é tradicionalmente considerado um marco divisório da filosofia grega. Os filósofos que o antecederam são chamados de pré-socráticos. Seu método, que parte do pressuposto “só sei que nada sei”, é a maiêutica que tem como objetivo:


I – “dar luz a ideias novas, buscando o conceito”.
II – partir da ironia, reconhecendo a ignorância até chegar ao conhecimento.
III – encontrar as contradições das ideias para chegar ao conhecimento.
IV – trazer as ideias do céu a terra.


Assinale:


a) Se apenas I e II estiverem corretas.
b) Se apenas I e III estiverem corretas.
c) Se apenas II, III e IV estiverem corretas.
d) Se III e IV estiverem corretas.
e) Se I e IV estiverem corretas.


02. O método argumentativo de Sócrates (469 – 399 a.C.) consistia em dois momentos distintos: a ironia e a maiêutica. Sobre a ironia socrática, pode-se afirmar que:


I – Torna o interlocutor um mestre na argumentação sofística.
II – Leva o interlocutor à consciência de que seu saber era baseado em reflexões, cujo conteúdo era repleto de conceitos vagos e imprecisos.
III – tinha um caráter purificador, à medida que levava o interlocutor confessar suas próprias contradições e ignorâncias.
IV – tinha um sentido depreciativo e sarcástico da posição do interlocutor.


Assinale:


a) se apenas a afirmação III é correta.
b) Se as afirmações I e IV são corretas.
c) Se apenas a afirmação IV é correta.
d) Se as afirmações II e III são corretas.


03. A Alegoria da Caverna de Platão, além de ser um texto de teoria do conhecimento, é também um texto político. No sentido político, é correto afirmar que Platão sustentava um modelo.


a) monárquico, cujo governo deveria ser exercido por um filósofo e cujo poder deveria ser absoluto, centralizador e hereditário.
b) aristocrático, baseado na riqueza e que representava os interesses dos comerciantes e nobres atenienses, por serem os mecenas das artes, das letras e da filosofia.
c) democrático, baseado, principalmente, na experiência política de governo da época de Péricles.
d) aristocrático, cujo governo deveria ser confiado aos melhores em inteligência e em conduta ética.


04. Sobre a Alegoria da Caverna de Platão pode-se afirmar que


a) o filósofo deve ter uma vida exclusivamente contemplativa
b) a educação do filósofo visa também a atividade política.
c) os sentidos são fundamentais para o conhecimento
d) qualquer um pode encontrar em si mesmo, pela intuição, a luz para o conhecimento.


05. (UEM – 2008) “Sócrates: imaginemos que existam pessoas morando numa caverna. Pela entrada dessa caverna entra a luz vinda de uma fogueira situada sobre uma pequena elevação que existe na frente dela. Os seus habitantes esta lá dentro desde a infância, algemados por correntes nas pernas e no pescoço, de modo que não conseguem mover-se nem olhar pra trás, e só podem ver o que ocorre à sua frente. (...) Naquela situação, você acha que os habitantes da caverna, a respeito de si mesmos e dos outros, consigam ver outra coisa além das sombras que o fogo projeta na parede ao fundo da caverna?”.
(PLATÃO. A República [adaptação de Marcelo Perine]. São Paulo: Editora Scipione, 2002. p. 83).


Em relação ao celebre mito da caverna e as doutrinas que ele representa, assinale o que for correto.


01. No mito da Caverna, Platão pretende descrever os primórdios da existência humana, relatando como era a vida e a organização social dos homens no principio do seu processo evolutivo, quando habitam em cavernas.


02. O mito da Caverna faz referencia ao contraste ser e parecer, isto é, realidade a aparência, que marca o pensamento filosófico desde sua origem e que é assumido por Platão em sua famosa teoria das ideias.


04. O mito da caverna simboliza o processo de emancipação espiritual que o exercício da filosofia é capaz de promover, libertando o individuo das sombras da ignorância e dos preconceitos.


08. É uma característica essencial da filosofia de Platão a distinção entre mundo inteligível e mundo sensível; o primeiro ocupado pelas ideias perfeitas, o segundo pelos objetos físicos, que participam daquelas Ideias ou são suas copias imperfeitas.


16. No mito da caverna, o prisioneiro que se liberta e contempla a realidade fora da caverna, devendo voltar á caverna para libertar seus companheiros, representa o filósofo que, na concepção platônica, conhecedor do Bem e da Verdade, é o mais apto a governar a cidade.

SOMA:______


06. (UFF – 2011) Segundo Platão, as opiniões dos seres humanos sobre a realidade são quase sempre equivocadas, ilusórias e, sobretudo, passageiras, já que eles mudam de opinião de acordo com as circunstâncias. Como agem baseados em opiniões, sua conduta resulta quase sempre em injustiça, desordem e insatisfação, ou seja, na imperfeição da sociedade.


Em seu livro A República, ele, então, idealizou uma sociedade capaz de alcançar a perfeição, desde que seu governo coubesse exclusivamente


a) aos guerreiros, porque somente eles teriam força para obrigar todos a agirem corretamente.
b) aos tiranos, porque somente eles unificariam a sociedade sob a mesma vontade.
c) aos mais ricos, porque somente eles saberiam aplicar bem os recursos da sociedade.
d) aos demagogos, porque somente eles convenceriam a maioria a agir de modo organizado.
e) aos filósofos, porque somente eles disporiam do conhecimento verdadeiro e imutável.


07. (UFF – 2011) A Apologia de Sócrates é relato da defesa de Sócrates, escrito pelo seu discípulo Platão, diante do tribunal de Atenas. Um dos assuntos abordados nessa obra é a relação entre ignorância e conhecimento. Sócrates sentiu-se constrangido quando o oráculo de Delfos o proclamou como o “mais sábio dos homens”, já que ele se achava, ao contrário, muito pouco sábio. Mas, ao conversar com pessoas que atribuíam a si mesmas muita sabedoria, e ao constatar que elas eram tão ou mais ignorantes que ele, concluiu mesmo que deveria ser o mais sábio, pois, ao menos, ele tinha consciência de sua própria ignorância.


Comente a declaração de Sócrates de que a pior ignorância é não ter consciência dela e de que o primeiro passo no caminho do conhecimento é reconhecer a própria ignorância.
08. (UFU – MG 2007) O trecho seguinte, do diálogo platônico Górgias, refere-se ao modo de filosofar de Sócrates.


“Assim, Cálicles, desmanchar o nosso convênio e te desqualificas para investigar comigo a verdade, se externares algo com tua maneira de pensar”
PLATÃO. Górgias. Trad. Carlos Alberto Nunes. Belém: EDUFPA, 2002, p. 198, 495a.


Marque a alternativa que expressa corretamente o procedimento empregado por Sócrates.


a) A base da filosofia socrática é a procura da perfeição da alma, mediante o exame de si mesmo e dos concidadãos, que é a condição da excelência moral. A refutação socrática é, sobretudo, um modo de testar a verdade da excelência da vida.
b) A base da filosofia socrática é a procura da verdade acerca do conhecimento da Natureza e da maneira de pensar sobre os princípios racionais que governam o cosmos a partir do conhecimento acumulado pelos filósofos anteriores.
c) A base da filosofia socrática é a refutação, a partir de um convênio em busca da verdade, de todas as proposições de seus interlocutores com o intuito de demonstrar que o conhecimento das questões morais é impossível.
d) A base da filosofia socrática é a educação mediante os discursos políticos e jurídicos encenados nos tribunais atenienses. Sócrates parte das proposições dos adversários para encontrar um discurso oposto que seja retoricamente persuasivo.


09. (UFU – 2008) Leia o trecho abaixo.
E que existe o belo em si, e o bom em si, e, do mesmo modo, relativamente a todas as coisas que então postulamos como múltiplas, e, inversamente, postulamos que a cada uma corresponde a uma ideia, que é única, e chamamos-lhe que é sua essência (507b – c).
PLATÃO. República. Trad. De Maria Helena da Rocha Pereira. 8ª Ed. Lisboa: Fundação Calouste Gulbenkian, 1996.


Marque a alternativa que expressa corretamente o pensamento de Platão.


a) Somente por meio dos sentidos, em especial da visão, pode o filósofo obter o conhecimento das ideias.
b) No pensamento platônico, o conhecimento das ideias permite ao filósofo discernir a unidade inteligível em face da multiplicidade sensível.
c) Para que a alma humana alcance o conhecimento das ideias, ela deve elevar-se às alturas do inteligível, o que somente é possível após a morte ou por meio do contato com os deuses gregos.
d) Tanto a dialética quanto a matemática elevam o conhecimento ao inteligível; mas, somente a matemática, por seu caráter abstrato, conduz a alma ao principio supremo: a ideia de Bem.


10. (UFU – MG 2004) O trecho abaixo faz uma referência ao procedimento investigativo adotado por Sócrates.


“O fato é que nunca ensinei pessoa alguma. Se alguém deseja ouvir-me quando falo ou me encontro no desempenho de minha missão, quer se trate de moço ou velho (...) me disponho a responder a todos por igual, assim os ricos como os pobres, ou se o preferirem, a formular-lhes perguntas, ouvindo eles o que lhes falo.”
PLATÃO. Apologia de Sócrates. Belém: EDUFPA, 2001. (33a – b)


Marque a alternativa que melhor representa o “método” socrático.


a) Sócrates nada ensina porque apenas transmite aquilo que ouve do seu daímon.Seu procedimento consiste em discursar, igualmente para qualquer ouvinte, com longos discursos demonstrativos retirados da tradição poética ou com perguntas que levam o interlocutor a fazer o mesmo. A ironia é o expediente utilizado contra os adversários, cujo objetivo é somente a disputa verbal.
b) A profissão de ignorância e a ironia de Sócrates fazem parte do seu procedimento geral de refutação por meio de perguntas e respostas breves (o élenkhos), e constituem um meio de reverter os argumentos do interlocutor para fazê-lo cair em contradição. A refutação socrática revela a presunção de saber do adversário, pela insuficiência de suas definições e pela aporia.
c) Sócrates nunca ensina pessoa alguma, porque a profissão de ignorância caracteriza o modo pelo qual encoraja seus discípulos a adquirirem sabedoria diretamente do deus do Oráculo de Delfos. A ironia socrática é uma dissimulação que, pela zombaria, revela as verdadeiras disposições do pequeno número dos que se encontram aptos para a Filosofia.
d) Sócrates nunca ensina pessoa alguma sem antes testar sua aptidão filosófica por meio de perguntas e respostas. Seu procedimento consiste em destruir as definições do adversário por meio da ironia. A ignorância socrática encoraja o adversário a revelar suas opiniões verdadeiras que, pela refutação, dão a medida da aptidão para a vida filosófica.


11. O trecho abaixo, que descreve o momento da origem do Kosmos, faz uma referência ao paradigma platônico das Formas.


“Outro ponto que precisamos deixar claro é saber qual dos dois modelos tinha em vista o arquiteto quando o constituiu (o Kosmos): o imutável e sempre igual a si mesmo ou o que está sujeito ao nascimento? Ora, se este mundo é belo e for bom seu construtor, sem duvida nenhuma este fixara a vista no modelo eterno; e se for o que nem se poderá mencionar, no modelo sujeito ao nascimento.”
PLATÃO. Timeu. Belém: EDUFPA, 2001. (28c – 29a)


Marque a alternativa que caracteriza corretamente o modelo das Formas.


a) Para explicar a origem do Kosmos, Platão divide todas as coisas em duas ordens inteiramente separadas e distintas: um modelo eterno, e outro sujeito ao nascimento e às mudanças. O primeiro é somente inteligível e constitui o alvo da atividade filosófica. O segundo é sensível, sujeito à destruição, e não tem qualquer relação ou parentesco com o modelo eterno que serve de base para a arquitetura do mundo.
b) Platão postula as Formas, um paradigma eterno, que constitui a causa e a origem de todas as coisas sensíveis. Seres sensíveis são efeito das causas inteligíveis, que lhes dão a existência e os nomes. As Formas, ou Ideias, são eternamente idênticas a si mesmas, imutáveis e unas. Tudo que é sensível existe porqueparticipa das Formas e se assemelha a elas, do mesmo modo que uma imagem em relação ao modelo real.
c) Na formação do Kosmos, Platão adota dois modelos: o modelo imutável e o modelo sujeito ao nascimento. O modelo imutável é constituído pelas Formasinteligíveis e serve de base para a arquitetura do mundo porque é belo e somente pensável. O modelo sujeito ao nascimento constitui as Formas sensíveis, que dão origem as coisas mutáveis e destrutíveis.
d) Platão postula dois modelos cosmológicos na sua Filosofia: o modelo bom e eterno, e o modelo ruim e sensível. O modelo eterno representa o plano arquitetônico do kosmos, que se identifica unicamente com o que é inteligível. O modelo sensível representa tudo que é corporal. As Formas são uma duplicação inteligível do mundo sensível e servem para explicar o parentesco do pensamento com o divino.


12. “(...) Que pensamentos então que aconteceria, disse ela, se a alguém ocorresse contemplar o próprio belo, nítido, puro, simples, e não repleto de carnes, humanas, de cores e outras muitas ninharias mortais, mas o próprio divino belo pudesse em sua forma única contemplar? Porventura pensas, disse, que é vida vã a de um homem olhar naquela direção e aquele objeto, como aquilo [a alma] com que deve, quando o contempla e com ele convive? Ou não consideras, disse ela, que somente então, quando vir o belo com aquilo que este pode ser visto, ocorrer-lhe-á produzir não sombras de virtude, porque não é em sombras que estará tocando, mas reais virtudes, porque é no real que estará tocando?”
Platão. O Banquete. Trad. José Cavalcante de Souza. São Paulo: Abril Cultural, 1979, p. 42-43.


A partir do trecho de Platão, analise as assertivas abaixo:


I – O belo verdadeiro para Platão encontra-se no conhecimento obtido pela observação das coisas humanas.
II – A contemplação do belo puro e simples é atingida por meio da alma.
III – Cores e sombras são virtudes reais, visto que se possa, ao tocar nelas, tocar no próprio real.
IV – Há, como na Alegoria da Caverna, uma relação direta para Platão entre o conhecimento e a virtude.


Assinale a alternativa que contém as assertivas corretas.


a) I e II são corretas
b) II e IV são corretas
c) III e IV são corretas
d) I, II e III são corretas


13. (UEL – 2006) Para Platão, havia outra forma de conhecer além daquela proveniente da experiência. Em sua Teoria da reminiscência, a razão é valorizada como o meio de acesso ao inteligível. De acordo com a Teoria da Reminiscência de Platão, é correto afirmar que o conhecimento é:


a) Estruturado empiricamente como condição para a realização das atividades da razão.
b) Proveniente da percepção sensível, na qual os sentidos retêm informações evidentes sobre o mundo material.
c) Originado da ação que os objetos exercem sobre os órgãos dos sentidos, produzindo um conhecimento inquestionável do ponto de vista da razão.
d) Reconhecido mediante intuição intelectual, ao se referir às ideias adquiridas anteriormente e relembradas na vida presente.
e) Fruto da ação divina que, por meio da iluminação interior, revela ao ser humano verdades eternas.


14. (UEL – 2009) Leia o texto a seguir a responda à questão.


Considera pois - continuei - o que aconteceria se eles fossem soltos das cadeias e curados da sua ignorância, a ver se, regressados à sua natureza, as coisas se passavam deste modo. Logo que alguém soltasse um deles, e o forçasse a endireitar-se de repente, a voltar o pescoço, a andar e a olhar para a luz, ao fazer tudo isso, sentiria dor, e o deslumbramento impedi-lo-ia de fixar os objetos cujas sombras via outrora. Que julgas tu que ele diria, se alguém lhe afirmasse que até então ele só vira coisas vãs, ao passo que agora estava mais perto da realidade e via de verdade, voltado para objetos mais reais? E se ainda, mostrando-lhe cada um desses objetos que passavam, o forçassem com perguntas a dizer o que era? Não te parece que ele se veria em dificuldades e suporia que os objetos vistos outrora eram mais reais do que os que agora lhe mostravam?


O texto é parte do livro VII da República, obra na qual Platão desenvolve o célebre Mito da Caverna. Sobre o Mito da Caverna, é correto afirmar.


I – A caverna iluminada pelo Sol, cuja luz se projeta dentro dela, corresponde ao mundo inteligível, e do conhecimento verdadeiro do ser.
II – Explica como Platão concebe e estrutura o conhecimento
III – Manifesta a forma como Platão pensa a política, na medida em que, ao voltar á caverna, aquele que contemplou o bem quer libertar da contemplação das sombras os antigos companheiros.
IV – Apresenta uma concepção de conhecimento estruturada unicamente em fatores circunstanciais e relativistas.


Assinale a alternativa correta.


a) Somente as afirmativas I e IV são corretas
b) Somente as afirmativas II e III são corretas
c) Somente as afirmativas III e IV são corretas
d) Somente as afirmativas I, II e III são corretas
e) Somente as afirmativas I, II e IV são corretas.


15. “Quando é, pois, que a alma atinge a verdade? Temos de um lado que, quando ela deseja investigar com a ajuda do corpo qualquer questão que seja, o corpo, é claro, a engana radicalmente.
- Dizes uma verdade.
- Não é, por conseguinte, no ato de raciocinar, a não de outro modo, que a alma apreende, em parte, a realidade de um ser
- Sim
[...] – E é este então o pensamento que nos guia: durante todo tempo em que tivermos com o corpo, e nossa alma estiver misturada com essa coisa má, jamais possuiremos completamente o objeto de nossos desejos! Ora, esse objeto é, como dizíamos, a verdade.”
(PLATÃO. Fédon. Trad. Jorge Paleikat e João Cruz Costa. São Paulo: Nova Cultural, 1987, p. 66-67.)


Com base no texto e nos conhecimentos sobre a concepção de verdade em Platão, é correto afirmar:


a) O conhecimento inteligível, compreendido como verdade, está contido nas ideias que a alma possui.
b) A verdade reside na contemplação das sombras, refletidas pela luz exterior e projetadas no mundo sensível.
c) a verdade consiste na fidelidade, e como Deus é o único verdadeiramente fiel, então a verdade reside em Deus.
d) A principal tarefa da filosofia está em aproximar o máximo possível a alma do corpo para, dessa forma, obter verdade.
e) A verdade encontra-se na correspondência entre um enunciado e os fatos que ele aponta no mundo sensível.

Gabarito:
1- A
2- D
3- D
4- B
5- soma= 30 (02 + 04 + 08 + 16)
6- E
7-*
8- A
9- B
10-B
11-B
12-B
13-D
14-B
15-A

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